Insuficiência renal, infecção e pneumonia: e…

Internado desde o dia 14 de fevereiro para tratar problemas respiratórios, o Papa Francisco, de 88 anos, segue em estado crítico segundo o último boletim divulgado pelo Vaticano.

Com sintomas de bronquite, o pontífice foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana que resultou em pneumonia em ambos os pulmões. Neste último final de semana, exames revelaram um quadro de insuficiência renal leve, “sob controle” de acordo com a nota oficial.

A situação é complexa e não há previsão de alta. O pontífice também precisou de transfusão de sangue para manejar um quadro de plaquetopenia: nível reduzido de plaquetas no sangue. Desde sábado (22), o líder da Igreja Católica não enfrentou novas crises respiratórias.

Nesta segunda, o Vaticano anunciou que vai começar a promover vigílias de orações noturnas em prol da saúde do Papa, na Praça de São Pedro.

O que é insuficiência renal?

O diagnóstico de insuficiência renal é dado quando os rins deixam de desempenhar suas capacidades adequadamente. Se a perda de função for repentina, o quadro é agudo – como é o caso do Papa. A insuficiência renal também pode ser crônica.

A falência pode acontecer em um ou ambos os rins. A principal função dos órgãos é filtrar o sangue, descartando resíduos nocivos. Os rins ainda contribuem para ao equilíbrio de eletrólitos e produzem alguns hormônios.

Há uma variedade de causas para a falência renal. Medicações, como quimioterápicos ou mesmo antibióticos, podem trazer complicações renais – os médicos responsáveis pelo caso do Papa Francisco já afirmaram que o quadro do pontífice é delicado devido justamente à infecção e ao tratamento, que tornam o organismo mais frágil.

Obstruções ou inflamação dos rins, assim como choque circulatório, sepse e desidratação são algumas causas para a falência dos rins. Insuficiência cardíaca é outra origem para o quadro.

Conforme o Vaticano, “o monitoramento de insuficiência renal leve não é uma preocupação”.

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Qual é a gravidade do quadro de Papa Francisco?

Devido à complexidade do caso e da idade já avançada do Papa, a equipe médica do hospital Gemelli, onde o Papa está internado, afirmou que uma das preocupações é o desenvolvimento de sepse.

As notas oficiais emitidas até o momento declaram que não há sinais da doença, que é desencadeada quando uma inflamação se espalha pelo corpo. A sepse é uma resposta grave a infecções: mesmo que haja uma infecção localizada em um órgão, a doença leva a uma inflamação generalizada.

Queda nas plaquetas, assim como aumento no nível de leucócitos, febre e confusão mental são alguns dos sintomas do quadro. Em casos graves, pode haver falência múltipla de órgãos.

No comunicado desse domingo (23), o Vaticano informou que “as condições clínicas do Santo Padre, em seu estado crítico, apresentam uma ligeira melhora”.