Um câncer no meio do caminho
Maria é amiga de um amigo. É o tipo de pessoa que a gente encontra uma ou duas vezes por ano, em uma festa de aniversário infantil, por exemplo. Não sou próximo dela, mas, quando a vejo, sinto vibrar toda aquela alegria e simpatia. Há pouco mais de um mês, soube que recebeu o diagnóstico de um câncer de pulmão, e a doença já havia avançado e se espalhado até o cérebro — o que os médicos chamam de metástase.
Fiquei em choque! Maria levava uma vida saudável, trabalhando e cuidando dos filhos, não fumava nem se expunha a riscos desnecessários. Mesmo assim, aos 40 e poucos anos, havia um tumor no meio do caminho dela.
O diagnóstico veio após uma tosse que não ia embora. Quando passou por exames, a descoberta desconcertou até os especialistas. Hoje ela segue em tratamento — felizmente, tem boas condições financeiras e um plano de saúde —, submetendo-se a sessões de quimio e radioterapia a fim de debelar os focos da doença.
Não conversei com ela, mas imagino a sensação de falta de chão pela qual passou. A dor, a tensão e a angústia de quem quer ser feliz, ao lado do marido, dos pais e dos filhos.
Maria não é seu nome de verdade, mas a intenção aqui não é expor em detalhes seu caso, muito embora ele seja sintomático de um fenômeno que os oncologistas têm visto cada vez mais em seus consultórios — e que os estudos vêm mostrando com numérica nitidez.
BUSCA DE MEDICAMENTOS

DISTRIBUÍDO POR
Consulte remédios com os melhores preços
DISTRIBUÍDO POR
×
O conteúdo apresentado no resultado da pesquisa realizada (i) não representa ou se equipara a uma orientação/prescrição por um profissional da saúde e (ii) não substitui uma orientação e prescrição médica, tampouco serve como prescrição de tratamento a exemplo do que consta no site da Farmaindex:
“TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE TÊM A INTENÇÃO DE INFORMAR E EDUCAR, NÃO PRETENDENDO, DE FORMA ALGUMA, SUBSTITUIR AS ORIENTAÇÕES DE UM PROFISSIONAL MÉDICO OU SERVIR COMO RECOMENDAÇÃO PARA QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO. DECISÕES RELACIONADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES DEVEM SER TOMADAS POR PROFISSIONAIS AUTORIZADOS, CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE CADA PESSOA”
• O conteúdo disponibilizado é meramente informativo, tendo sido obtido em banco de dados fornecido exclusivamente pela Farmaindex, sendo de única responsabilidade daquela empresa;
• Isenção de qualquer garantia de resultado a respeito do conteúdo pesquisado;
• Informativo de que caberá ao usuário utilizar seu próprio discernimento para a utilização responsável da informação obtida.
O caso de Maria é um entre milhares de diagnósticos de câncer entre adultos jovens. Exemplo de uma tendência para a qual a medicina ainda tem muitas perguntas e poucas respostas.
E que cria novas repercussões e demandas quando uma enfermidade que, em geral, aparecia lá na frente começa a se adiantar, frustrando planos, sonhos e vidas.
A história preocupa, planta medos, provoca reflexões… Mas, ainda que a medicina tenha que se aprofundar para entender em detalhes as razões desse salto em incidência (genéticas, ambientais e comportamentais), ao menos o avanço no diagnóstico e no tratamento já permite que a doença deixe de ser aquela sentença impronunciável.
São notáveis os casos de susto… e vitória. E aqueles em que, mesmo com os perrengues pelo caminho, a batalha continua, com fé e um sorriso no rosto — como ilustra a cantora Preta Gil, diagnosticada com um câncer de intestino aos 49 anos.
Eis o fenômeno que nos propusemos a examinar na reportagem de capa desta edição. Esperamos que, ao iluminá-lo, possamos dar ainda mais força aos brasileiros que passam por essa dura experiência. Pois há muita vida em jogo…
Estamos na torcida, Maria e Preta!
Compartilhe essa matéria via: