O que é pressão arterial e o que fazer com ela?
Para correr por nossas artérias e alcançar até mesmo os menores vasos sanguíneos do corpo, o sangue precisa ser “empurrado” com força. Essa força é exercida pelo coração.
É sob a pressão dessa força que o sangue circula, pressionando, por sua vez, as paredes das artérias. É graças a essa pressão que, a cada batida do coração, o “jato” de sangue que sai de uma das cavidades cardíacas – o ventrículo esquerdo – pode fluir por toda a intrincada rede de veias e artérias espalhadas pelo corpo.
Um modo fácil de entender o papel da pressão na circulação é imaginar a água correndo por uma mangueira comum – dessas que usamos para lavar o carro e o jardim. Sem pressão, a água não iria da torneira até o esguicho.
Acontece o mesmo com o sangue. Sem pressão, ele não iria do coração até as extremidades do corpo, voltando em seguida, num movimento incessante e que dura enquanto durar a vida.
O que é pressão arterial e o que fazer com ela?
Essa pressão – chamada de arterial ou sanguínea – pode ser medida por um aparelho próprio para isso, o esfigmomanômetro.
O nome soa estranho, mas o equipamento é bem conhecido de todos. Trata-se daquela “faixa” colocada no braço e que se enche de ar, comprimindo a artéria (e o braço!). à medida que o médico aperta uma espécie de bola de borracha.
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Nesse momento, o ponteiro do medidor atado à faixa se move, indicando a força da pressão que o sangue exerce, naquele momento, nas paredes da artéria. Durante esse processo, o médico ausculta no coração com o estetoscópio.
A pressão arterial é medida duas vezes. Na primeira mede-se a pressão máxima da sístole – nome dado ao movimento de contração (“batidas”) do coração. Na segunda, mede-se a pressão mais baixa, que ocorre na diástole, momento em que o coração “descansa”, ou relaxa, entre uma contração (batida) e outra.
A pressão é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). Quando os médicos dizem que a pressão é de “12 por 8” significa que a pressão sistólica (a máxima, medida durante a sístole) chega a 12 mmHg. Enquanto a pressão diastólica (a mais baixa, medida durante a diástole) é de 8 mmHg.
O que é pressão arterial e o que os especialistas falam
Os especialistas costumam dividir a pressão em ótima, normal, normal-alta e alta (hipertensão). Neste livro vamos tratar da hipertensão – que, por sua vez, tem várias subdivisões, de acordo com sua severidade.
A medida 12/8 é considerada média. Quando ela abaixa demais, ou sobe demais, provoca uma série de alterações no organismo.
Há ocasiões em que sentimos essas alterações como moleza, sonolência, dor de cabeça. Na maioria das vezes, porém, não ligamos esses sintomas às mudanças na pressão arterial.
Na verdade, na maioria das vezes nem mesmo sentimos coisa alguma. A pressão sobe sem provocar sintomas.
É aí que está o perigo. Elevada, ela vai lesando várias partes do corpo – olhos, cérebro e rins, por exemplo – sem que percebamos.
Só nos damos conta do problema quando essa lesão se manifesta. E aí quase sempre é tarde demais para reparar o estrago.
Só há um modo de evitar que os estragos aconteçam: prevenir as alterações da pressão arterial. Isso significa medi-la regularmente e adotar um estilo de vida saudável.
A partir de agora veremos que tipos de “estragos” a pressão alterada pode causar no organismo. E, o mais importante, como evitá-los.
O que é pressão alta?
Quando a pressão do sangue nas artérias vai além de 12/8, ela é considerada alta. Os médicos costumam chamar de hipertensão a pressão que ultrapassa esta marca.
Há dois fatores principais que provocam a elevação da pressão arterial. Esses fatores podem apresentar-se em conjunto ou em separado.
Um deles é a força excessiva com que o coração “empurra” (ou seja, bombeia) o sangue pelas artérias. Outro é o estreitamento das arteríolas (os menores vasos sanguíneos do corpo), o que faz com que o sangue exerça mais pressão nas paredes desses vasos.
O organismo pode resistir à hipertensão durante meses a fio. Ou durante muitos anos. Ele só não é capaz de resistir às lesões que a pressão alta provoca nas veias do coração, dos rins, do cérebro e dos olhos.
Há mais um problema: com o tempo, a hipertensão pode levar o coração a uma hipertrofia (aumento de tamanho). Essa é uma das principais causas do infarto.
A maioria dos especialistas recomenda tratamento para qualquer nível de pressão acima de 12/8. Esse tratamento, porém, não precisa ser medicamentoso. Em geral, algumas mudanças (profundas!) nos hábitos são capazes de resolver o problema.
Algumas dessas mudanças incluem:
Perda de peso
Se você está com sobrepeso ou obesidade, perder peso pode ajudar a diminuir a pressão arterial. Isso ocorre porque o coração não precisa trabalhar tanto para bombear o sangue pelo corpo.
Exercício físico
A atividade física regular pode ajudar a diminuir a pressão arterial. Você não precisa se tornar um atleta profissional, mas é importante fazer alguma atividade física todos os dias. Caminhar, nadar e andar de bicicleta são ótimas opções.
Redução do consumo de sal
O sal é um dos principais responsáveis pelo aumento da pressão arterial. É importante reduzir o consumo de alimentos ricos em sal, como salgadinhos, enlatados e fast food.
Alimentação saudável
Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e carnes magras pode ajudar a diminuir a pressão arterial. Evite alimentos processados e ricos em açúcar.
Redução do consumo de álcool
O consumo excessivo de álcool pode aumentar a pressão arterial. É importante limitar o consumo a no máximo uma ou duas doses por dia.
Controle do estresse
O estresse pode aumentar a pressão arterial. É importante encontrar maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como meditação, ioga e exercícios de respiração.
Se você tem pressão arterial elevada, converse com seu médico sobre as melhores opções de tratamento. Lembre-se de que pequenas mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença na sua saúde.