Por que a sua dieta precisa de mais fibras e…

Recentemente, uma empresa inglesa anunciou ter criado uma enzima capaz de transformar o açúcar ingerido em fibra dentro do próprio intestino.

A novidade até seria interessante, mas não leva em conta que, em excesso, o açúcar ultraprocessado pode contribuir para o desenvolvimento de diabetes, hipertensão, cânceres e doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

O que se extrai de importante dessa informação é que nossa dieta deve ter um foco maior no aumento da ingestão de fibras, que é insuficiente para a maior parte das pessoas.

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Dentre elas, temos os frutooligossacarídeos (FOS), que são derivados de frutas, legumes e vegetais, servindo de alimento para os lactobacilos benéficos ao nosso corpo.

Essas fibras são absorvíveis e ajudam a impedir o crescimento de bactérias nocivas no intestino. Além disso, contribuem para reduzir a absorção de colesterol, regular os níveis de açúcar no sangue e proporcionar outros benefícios à saúde.

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Temos também os galactooligossacarídeos (GOS), que são prebióticos, ou seja, estimulam o crescimento de bactérias benéficas no intestino, melhoram a imunidade e são utilizados como suplementos, inclusive na alimentação infantil e de idosos.

Eles também apresentam uma ação protetora contra obesidade, câncer, diabetes e doenças inflamatórias intestinais. No entanto, por serem derivados de produtos lácteos, podem despertar desconforto abdominal, como distensão e gases, em algumas pessoas.

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A inulina também é uma fibra prebiótica, ou seja, serve de alimento para as bactérias “do bem” e proporciona as mesmas vantagens das fibras mencionadas anteriormente, além de auxiliar na constipação. O composto está presente no trigo integral e em vegetais como cebola, chicória e banana, tendo a curiosa ação de formar um gel no estômago, o que reduz a fome e aumenta a saciedade.

O ideal seria obter todas essas fibras por meio dos alimentos, mas, se isso não for possível, um médico especialista ou nutricionista pode recomendar a suplementação em doses adequadas.

Vale o alerta: não consuma os produtos sem a devida orientação profissional, devido ao risco de intolerâncias, como distensão abdominal, diarreia, constipação e outros problemas.

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*Maurício Yagui Hirata, médico endocrinologista e metabologista da Brazil Health.

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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