Alimentos desidratados: benefícios, mitos e…
Os alimentos desidratados têm aparecido cada vez mais nas prateleiras dos supermercados e nas cozinhas de quem busca saúde e praticidade. Trata-se de um antigo método de conservação, que remove grande parte da umidade, o que inibe a atividade de micro-organismos, prolongando sua validade.
A depender do método utilizado, a desidratação preserva nutrientes pré-existentes no insumo. Quando há déficits, são baixos e ocorrem mais com teores sensíveis ao calor, como a vitamina C. Com a saída da umidade, esses nutrientes também ficam mais concentrados, ou seja, em maior volume comparado ao alimento fresco.
Além disso, a técnica oferece outros diversos benefícios, como:
Praticidade: com o processamento, o alimento fica menor e mais leve, o que facilita o transporte e armazenamento, não necessita de refrigeração.
Sabor: com a retirada da água o gosto também fica mais concentrado.
Saudabilidade: os alimentos desidratados são minimamente processados e não são artificiais. Em sua forma natural, passaram por algum processo sem adição de substâncias, como aditivos e conservantes.
Versatilidade: podem ser utilizados em lanches rápidos até pratos mais elaborados no cotidiano.
Redução do desperdício: com a desidratação, é possível aproveitar alimentos que estragariam rapidamente. O método contribui para o aproveitamento do excedente da produção agrícola.
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Variedade
A desidratação pode ser aplicada a uma grande variedade de frutas, legumes, ervas, hortaliças e até carnes. Alimentos desidratados são opções interessantes para levar em viagens e para lanches rápidos fora de casa.
Como exemplo, temos as frutas secas, que ao contrário do que se imagina, não possuem açúcar. O elemento, que já está presente ali, apenas fica mais concentrado. Diferentemente das frutas cristalizadas e de algumas frutas passas, que contém açúcar adicionado.
As frutas secas podem ser uma alternativa à sobremesa doce, mas também é preciso moderação na quantidade consumida, visto que são mais calóricas do que as versões frescas.
Em contrapartida, as secas possuem mais fibras, contribuindo para uma maior saciedade, redução da fome, controle glicêmico e saúde intestinal. Podem ser ingeridas sozinhas ou com castanhas, adicionadas a iogurtes, cereais e saladas.
Algumas boas opções são a tâmara e ameixa, que contêm vitaminas como as do complexo B, são ricas em antioxidantes e fibras. Enquanto 100g de ameixa in natura contém 2,43g de fibra, a seca contém 7,10g.
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As ervas aromáticas desidratadas tais como sálvia e salsa, que contém antioxidantes, vitaminas A e K, conferem sabor e praticidade às preparações culinárias e são aliadas na redução do consumo excessivo de sal.
Há ainda as ervas secas para infusão de chás como erva doce e cidreira que possuem propriedades calmantes e digestivas.
Nessa versão, vegetais e legumes podem ser adicionados a sopas e ensopados, ou podem ser consumidos em forma de chips, snacks feitos com cenoura, batata doce, vagem entre outros. Aumentando a oferta de vitaminas e minerais do dia. Mas cuidado, evite os fritos e com elevados teor de sódio. Se possível faça você mesmo!
Caso opte por comprar, tenha cuidado também no que se refere à procedência. Produtos à granel, pela maior manipulação e exposição possuem risco aumentado de contaminação. Observe, por exemplo, se estão devidamente acondicionados e identificados. Além disso, dê preferência a produtos que permitam rastreabilidade, com dados de lote e validade.
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, os alimentos in natura e minimamente processados devem ser a base de uma alimentação saudável. Nesse contexto, utilizar alimentos desidratados pode ser uma estratégia para evitar os ultraprocessados, que geralmente são ricos em aditivos, sal, açúcares e gordura.
*Ingrid Rezende França, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês.
(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)
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