Chá de saquinho ou natural: qual é melhor pa…
Se você é apreciador de chás por conta do sabor ou se busca as bebidas de ervas por conta dos benefícios à saúde, já deve ter se perguntado: é melhor escolher os chás em saquinho ou a granel?
De fato, existem diferenças entre as duas formas de apresentação – e essas variações podem, inclusive, alterar as propriedades da infusão.
Qual a melhor opção?
Das plantações até as prateleiras dos supermercados, o chá passa por um processamento. Por isso, os produtos vendidos em sachês são considerados industrializados.
Com o processo de moagem, algumas propriedades presentes na folha fresca podem se perder – o que não significa que essa versão traga riscos a saúde.
O problema aparece com ingredientes adicionados ao produto. Na descrição do rótulo, indicações de que o sachê contém conservantes, corantes ou aromatizantes artificiais acendem um sinal de alerta.
Outra opção disponível nas lojas são os chás granulados, solúveis em água. Embora possam ser práticos, esses itens costumam conter diversos aditivos e grandes quantidades de açúcares.
O ideal é que conste na lista de ingredientes apenas a planta de interesse. Além disso, o nome botânico da erva deve estar indicado na caixinha.
As versões em sachê ainda valem a pena pelo sabor e aroma, mas o ideal é buscar fazer a infusão a partir da erva em sua versão mais natural.
Uma alternativa possível é visitar lojas de produtos naturais que vendam as folhas frescas ou secas. Vale lembrar a importância de conferir se o produto realmente corresponde à planta procurada.
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O perigo dos microplásticos
Ao menos dois estudos recentes apontaram para um risco oculto presente nos sachês de chá: os microplásticos.
Em geral, os saquinhos são feitos de papel ou de fibras vegetais, como celulose. Essa é a melhor opção, já que permite que as ervas tenham contato com o ar na embalagem.
No entanto, existem versões em sachê embaladas com polipropileno ou plásticos flexíveis. Nesse caso, adicionar o saquinho na água libera bilhões de partículas de microplásticos, que podem entrar em contato com o organismo.
A exposição aos poluentes ainda é alvo de investigações científicas, e são necessárias mais pesquisas para atestar os riscos da ingestão a longo prazo. Estima-se que haja conexões entre a presença dessas partículas no corpo e problemas de saúde cardiovascular, assim como câncer e doenças inflamatórias do sistema gastrointestinal.
Uma alternativa: fazer seu próprio chá
Para quem gosta de colocar a mão na terra, uma ótima proposta é plantar seu próprio insumo para infusões. Hortelã, sálvia, erva-cidreira e boldo são apenas alguns exemplos de ervas que podem ser cultivadas, até mesmo em apartamentos.
Em casa, também é possível fazer a secagem: basta colocar as folhas lavadas e secas entre camadas de papel toalha e deixar no micro-ondas por 30 segundos. Dê uma olhada e, se as folhas ainda não estiverem desidratadas, basta realizar uma nova rodada pelo menos prazo.
O processo é uma boa opção para o armazenamento das folhas. Também é importante manter as ervas em recipientes fechados e secos, para evitar o desenvolvimento de mofo.
Cuidado com bebidas naturais milagrosas
A melhor opção para quem busca se beneficiar das propriedades dos chás de ervas é buscar as folhas frescas ou secas. Contudo, nem tudo que é vendido com o selo de “natural” faz bem à saúde.
O principal cuidado é evitar misturas propagandeadas como milagrosas. É comum encontrar latas ou caixas de chás que prometem emagrecimento rápido ou cura de alguma doença.
A melhor ideia é passar longe desse tipo de produto, que não costuma ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e traz sérios riscos à saúde. Além de intoxicação, o consumo dessas misturas pode gerar problemas no fígado.
Para quem já convive com alguma doença, pessoas grávidas ou que estão amamentando devem consultar o médico antes de incluir qualquer tipo de infusão na dieta.
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