Grávida pode fazer academia? O que dizem os…

A prática de exercícios físicos durante a gestação, por muitos anos cercada de dúvidas e mitos, hoje é amplamente recomendada por especialistas em ginecologia e obstetrícia.

Se antes predominava o receio de que o esforço pudesse prejudicar o bebê, hoje se sabe que, em gestantes saudáveis, manter-se ativa contribui para uma gestação mais tranquila, melhora a qualidade de vida e até prepara o corpo para o parto.

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Quais são os benefícios do exercício na gravidez

De acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), a prática regular de atividades físicas moderadas durante a gravidez traz diversos benefícios:

  • Ajuda a controlar o ganho de peso
  • Melhora a circulação
  • Reduz o risco de diabetes gestacional
  • Combate a prisão de ventre
  • Melhora o humor e o sono
  • Fortalece a musculatura que será exigida durante o parto

A recomendação é que a maioria das gestantes com boa saúde pratique, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana.

Caminhadas, musculação leve, pilates e aulas adaptadas são boas opções para manter o corpo ativo e a mente em equilíbrio.

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Quando a academia não é indicada na gestação

Apesar dos benefícios, há situações em que o repouso é necessário e a atividade física deve ser suspensa. Gestações de risco — como casos de sangramentos, hipertensão arterial grave, trabalho de parto prematuro ou restrição de crescimento fetal — exigem atenção redobrada e avaliação médica criteriosa.

Nesses casos, o obstetra pode restringir ou até contraindicar o exercício físico, pelo risco de agravamento do quadro clínico. Por isso, é essencial que qualquer programa de atividades seja iniciado somente após liberação do médico responsável pelo pré-natal.

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Cuidados e adaptações para uma prática segura

Para garantir uma prática segura, o acompanhamento por profissionais especializados em atividade física para gestantes é fundamental.

Exercícios de baixo impacto são os mais recomendados, com ênfase em fortalecimento muscular, alongamento e trabalho respiratório. A intensidade deve ser leve a moderada, e sempre ajustada às condições de cada trimestre da gestação.

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Evitar movimentos de alto impacto, exercícios em ambientes muito quentes, quedas de pressão ou esforço excessivo é essencial. A mulher deve interromper a atividade ao menor sinal de dor, tontura, sangramento ou desconforto abdominal.

A gestação é uma fase de profundas mudanças no corpo e nas emoções. Com orientação adequada, a academia pode ser uma grande aliada para atravessar esse período com mais saúde, disposição e confiança. E o mais importante: cuidando de si, a gestante também cuida do bebê que está a caminho.

*Ana Horovitz é ginecologista e membro da Brazil Health

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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