Jejum pode ser gatilho para compulsão por co…
Apesar de bastante popular nas redes sociais, o potencial do jejum intermitentepara a perda de peso tem sido contestado por entidades científicas, e um dos motivos é que comer regularmente apenas reduzindo a ingestão calórica se mostra mais seguro e eficaz.
Mas o problema dessa prática reside numa espécie de efeito rebote, como expõe uma investigação do nutricionista Jônatas de Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP). Ele acompanhou 89 universitários que faziam jejum e os comparou com 369 que se alimentavam normalmente.
Resultado: entre os adeptos da restrição, foi significativamente maior o número de episódios de compulsão alimentar. “Quando a pessoa parte para o jejum, ela tira o peso da escolha do que vai comer, mas acaba fazendo um esforço ainda maior para não pensar em comida, o que pode piorar sua relação com os alimentos”, reflete o pesquisador da USP.
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Impacto cardiovascular
Uma análise recente da Associação Americana do Coração aponta que o jejum intermitente pode resultar em um risco 91% maior de morte por doenças cardíacas. Dessa forma, a prática não seria bem-vinda à longevidade.
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Indícios do transtorno
Alguns sinais deduram a compulsão alimentar
Sentir culpa
Ingerir um alimento fora da dieta é quase um crime ou um atestado de fracasso. A culpa domina.
Contar e restringir
Enxergar a comida como calorias ou nutrientes pode prejudicar a relação com a alimentação.
Eliminar
Cortar totalmente alguma classe de alimentos ou mesmo refeições não é algo sustentável.
Abusar e compensar
Episódios de compulsão seguidos por restrições ainda mais severas podem se manifestar.
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