Por que a pressão arterial sobe? Fatores e consequências

Por que a pressão arterial sobe? Por causa de uma série de fatores, que vão da tensão e da ansiedade que antecedem algum acontecimento importante (uma prova na escola, a entrevista para um novo emprego, um encontro romântico) a alguma desordem crônica, como o diabetes tipo 2.

As causas da pressão alta dependem também do tipo de hipertensão. Na hipertensão primária, a elevação se deve, provavelmente, a vários fatores – é impossível estabelecer o que provoca a subida da pressão arterial.

No caso da hipertensão secundária, a tarefa fica mais fácil, pois ela surge em decorrência de outras doenças

Vejamos alguns fatores que podem levar à hipertensão.

Por que a pressão arterial sobe? Fatores e consequências

Por que a pressão arterial sobe? Fatores e consequências

Por que a pressão arterial sobe

HIPERTENSÃO PRIMÁRIA

ALTERAÇÕES HORMONAIS

Os geneticistas vêm estudando os genes que regulam um grupo de hormônios conhecido como sistema angiotensina-renina-aldosterona.

Esse grupo influi no controle da pressão, incluindo a contração dos vasos sanguíneos, o equilíbrio entre sódio e água e o desenvolvimento das células cardíacas.

BAIXOS NÍVEIS DE OXIDO NÍTRICO

Essa substância, produzida pelo organismo, ajuda a manter a musculatura relaxada e flexível, além de prevenir a formação de coágulos sanguíneos.

Pesquisas indicaram que as pessoas cujos níveis de óxido nítrico são baixos são hipertensas, o que sugere uma relação entre ambas as coisas.

DIABETES

A pressão alta está associada ao diabetes de tipo 1 e de tipo 2. Em geral, no tipo 1 a hipertensão é provocada por alguma lesão renal.

Já no diabetes de tipo 2 os fatores associados são a obesidade e a resistência à insulina (que ocorre quando o organismo não consegue utilizar a insulina que o pâncreas fabrica).

Alguns estudos mostraram que a resistência à insulina pode provocar a retenção do sódio, uma das causas da hipertensão.

Fatores Genéticos

Diversos fatores genéticos ou interações entre genes parecem desempenhar um papel fundamental na ocorrência da hipertensão primaria.

Especialistas nessa área localizaram dois cromossomos – o 13 e o 18-, que parecem guardar os genes responsáveis pela regulação da pressão arterial. Difícil é descobrir quais são esses genes.

OBESIDADE

A obesidade pode impedir a insulina de “abrir” os vasos sanguíneos, além de provocar alterações estruturais nos rins e desequilíbrio nos níveis de sódio.

Também está associada aos sistemas que regulam o fluxo sanguíneo. Tudo isso leva à ocorrência da hipertensão.

PROBLEMAS NO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Esse fator é hereditário. O sistema nervoso simpático controla o ritmo cardíaco, a pressão arterial e o diâmetro das artérias. Qualquer alteração nele pode provocar desordens nessas áreas.

Por que a pressão arterial sobe? Fatores e consequências

Por que a pressão arterial sobe? Fatores e consequências

HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA

ÁLCOOL

A ingestão abusiva de bebidas alcoólicas (3 ou mais doses ao dia) aumenta a pressão, em especial a sistólica. Os especialistas calculam que 10% dos casos de hipertensão devem-se ao álcool.

APNÉIA

É uma desordem na qual a respiração fica suspensa brevemente, mas com frequência, durante o sono. Pesquisas têm demonstrado que pessoas que sofrem de apneia ou de ronco têm a pressão ligeiramente mais alta do que as que não apresentam esses problemas.

CAFEÍNA

Essa substância – presente no café e em chás pretos, por exemplo – também eleva a pressão. Estudos mostraram que mais de 5 xícaras diárias podem trazer riscos sérios aos hipertensos, aumentando as possibilidades de ocorrência de derrames.

Além disso, a cafeína provoca a eliminação de cálcio, um dos fatores que leva a pressão a subir.

CIGARRO

Fumar é o principal fator de risco da hipertensão. Um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que fumantes têm pressão muito mais alta do que não-fumantes.

CIRROSE

É uma doença crônica do fígado. Pessoas que sofrem de cirrose costumam ter apressão bastante alterada.

MEDICAMENTOS

Alguns medicamentos podem causar hipertensão temporária, como certos tipos de anti-inflamatórios, corticosteroides, aspirinas, pseudoefedrinas, pílula anticoncepcional.

PROBLEMAS RENAIS

É a causa mais comum da hipertensão secundária, em especial nos idosos.

Estados de alerta

Os perigos que a hipertensão causa à saúde variam de acordo com a severidade do caso, com a presença de doenças associadas (como o diabetes) e com a idade do paciente.

Outra variação depende de qual pressão está elevada: a sistólica, a diastólica ou as duas. A pulsação também é importante para determinar o grau de severidade de cada caso.

PRESSÃO SISTÓLICA ALTA

Indicada, como vimos, pelo número maior, ela parece estar ligada a problemas cardíacos, incluindo os mais graves, capazes de levar à morte.

Embora essas complicações possam aparecer em qualquer época da vida, são mais comuns na meia-idade e na velhice.

A pressão sistólica elevada pode levar perigo ao coração e ao cérebro mesmo quando a pressão diastólica (o número menor) é normal.

Essa situação é chamada de hipertensão sistólica isolada e costuma ocorrer em pessoas com mais de 50 anos.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que 87% das pessoas que sofrem dessa alteração têm entre 50 e 59 anos de idade.

Detalhe: quanto maior for a diferença entre a medida sistólica e a diastólica, maiores os riscos da hipertensão.

PRESSÃO DIASTÓLICA ALTA

É um dos principais indicativos de complicações cardíacas e derrames em jovens e em pessoas de qualquer idade que sofram de hipertensão primária.

Esse tipo de pressão alta é a mais comum. Suas causas, na maioria dos casos, são desconhecidas.

PULSAÇÃO

Pulsação, ou pressão do pulso, é a diferença entre as medidas sistólica e diastólica. Estudos sugerem que ela indica rigidez e inflamação nas paredes das artérias.

Quanto maior for a diferença entre as pressões sistólica e diastólica, maiores as lesões nos vasos sanguíneos.

Isso pode levar a doenças cardiovasculares, em especial na meia-idade e em idosos. Pesquisas feitas nos Estados Unidos mostraram que, nas pessoas com mais de 45 anos de idade, cada milímetro de mercúrio de diferença entre as pressões sistólica e diastólica aumenta em 11% o risco de derrames, em 10% o perigo de complicações cardíacas e em 16% o risco de mortalidade.

Em jovens esses riscos são ainda maiores.

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