Whindersson Nunes é internado: saiba como fu…
O influenciador e humorista Whindersson Nunes, 30, se internou voluntariamente em uma clínica psiquiátrica na última semana. A informação foi confirmada pela assessoria do artista nesta quinta-feira (20).
Em declarações públicas e nas redes sociais, Whindersson compartilha o cotidiano do acompanhamento psicológico que faz para depressão e ansiedade desde 2019.
“O humorista se internou, por decisão própria e com o devido acompanhamento médico”, afirmou a assessoria Non Stop Produções em nota. “Whindersson tomou essa decisão visando o cuidado integral de sua saúde”.
Como funciona uma internação psiquiátrica?
Whindersson decidiu, por conta própria, se internar em uma unidade psiquiátrica. Nesse caso, a internação é voluntária.
A lei da Reforma Psiquiátrica, de 2001, define outras duas modalidades de internação: a involuntária e a compulsória.
Internações psiquiátricas involuntárias são aquelas em que um terceiro solicita que a pessoa seja admitida na cliente, sem o consentimento do paciente. Um médico psiquiatra deve autorizar a entrada do paciente, que deve também ser comunicada ao Ministério Público — a fim de averiguar casos de cárcere privado e outros abusos relacionados à intervenção.
Já as internações compulsórias são determinadas pela justiça. Nos casos voluntários, a alta pode vir por solicitação do médico ou do próprio paciente. A alta da internação involuntária também pode ser autorizada pelo psiquiatra, assim como solicitada pelo familiar ou responsável legal do paciente.
Durante a internação, o paciente fica em uma clínica ou hospital, onde recebe atendimento de uma equipe multidisciplinar. Além do atendimento individual por psicólogos e psiquiatras, pode haver terapias grupais e outras atividades. A ideia é manejar a crise e ajudar o paciente a retornar à sua vida de forma autônoma.
O tempo de internação varia caso a caso, bem como a possibilidade de receber visitas.
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Quando a internação é recomendada
Casos de crise costumam requerer internação psiquiátrica. Quando há risco à própria vida ou possibilidade de arriscar a vida de terceiros, a internação pode ser uma medida adotada. Pacientes incapazes de autocuidado também podem ser internados.
Situações de surtos, abstinência de substâncias, tentativa ou ideação suicida são algumas das que podem ser manejadas em regime de internação.
Alguns dos motivos específicos para internação são:
- Surto de psicose;
- Fase de mania em casos de transtorno bipolar;
- Transtornos alimentares;
- Abuso de substâncias e abstinência;
- Depressão grave com risco de suicídio;
- Crises de ansiedade extremas.
Em geral, o paciente precisa ser encaminhado por um psiquiatra para a unidade de internação.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a abordagem busca primeiro tentar atender o paciente no nível primário e secundário — núcleos de apoio à saúde da família, unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e centro de atenção psicossocial (CAPS).
Crises agudas também podem ser acolhidas em UBS e UPA. Há CAPS com opção de atendimento 24h, que servem como alternativa à internação hospitalar.
A internação no SUS pode ocorrer tanto em hospitais gerais quanto psiquiátricos.
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