Estamos vivendo mais, mas não envelhecemos c…

Fato número 1: o ser humano está vivendo mais. Fato número 2: também está vivendo mais doente. É o que atesta um estudo gigantesco da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, em cima de dados da população de mais de 180 países.

Em geral, os anos adicionais estão cada vez mais associados ao desenvolvimento de problemas crônicos de saúde — complicações cardiovasculares, renais e neurológicas, entre outras.

Segundo o trabalho publicado no periódico JAMA Network Open, considerando a média global, o descompasso entre expectativa de vida e tempo com saúde chega a nove anos. Atividade física, alimentação equilibrada e acompanhamento médico regular são apenas os primeiros passos para reverter o cenário.

“Um dos pilares do envelhecimento saudável é ter um propósito de vida, o que muda a forma como enxergamos nosso corpo e estimula a busca por mudanças”, resume o geriatra Alexandre Romanos, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

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A expectativa de vida aumentou de 79,2 para 80,7 anos nas mulheres e de 74,1 para 76,3 anos nos homens entre os anos de 2000 e 2019.

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“Os dados mostram que os ganhos em longevidade não acompanham os avanços equivalentes a uma tempo de vida saudável. Muitas vezes, envelhecer significa mais anos de vida sobrecarregados com doenças”, explica o expert em medicina regenerativa Andre Terzic, autor do artigo, em nota.

Os Estados Unidos registraram a maior diferença média entre a expectativa de vida e a expectativa de saúde do mundo, com estadounidenses vivendo, em média, 12,4 anos com alguma incapacidade ou doença.

A saúde mental, os transtornos relacionados ao uso de substâncias e as condições musculoesqueléticas foram os principais contribuintes para o adoecimento a nível nacional.

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Clique para ampliar (Tabela: Editoria de Arte/Veja Saúde)

Além disso, o estudo constatou uma diferença de 25% entre homens e mulheres a nível mundial.

Nos países pesquisados, as mulheres vivenciaram uma diferença de 2,4 anos a mais entre a expectativa de vida e a expectativa de saúde do que os homens. Transtornos neurológicos, musculoesqueléticos, urinários e do trato genital contribuíram para o aumento do tempo de vida precário entre elas.

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“Esta pesquisa possui importantes implicações práticas e políticas, chamando a atenção para uma ameaça crescente à qualidade da longevidade e à necessidade de se reduzir a diferença entre a expectativa de saúde e a expectativa de vida”, acrescenta Terzic.

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