Cistite intersticial: entenda a dor crônica…

Também conhecida como síndrome da bexiga dolorosa, a cistite intersticial é uma doença crônica que, além de provocar grande desconforto, acaba se destacando por ter diagnóstico e tratamento complexos.

Cistites, de modo geral, referem-se às inflamações na bexiga. Quando ela é “intersticial”, o nome indica que o problema está localizado nas paredes desse órgão responsável por armazenar a urina.

O quadro é desafiador e pode haver uma demora até iniciar o tratamento mais adequado, já que muitas vezes pode ocorrer uma confusão dos sintomas com aqueles de uma infecção urinária.

Uma vez identificado o problema, diferentes abordagens estão disponíveis, mas cada paciente responde de uma forma distinta. Por isso, a avaliação deve ser individualizada para cada caso.

Como surge a cistite intersticial?

Não há uma causa clara já identificada para o problema. De forma notável, essa inflamação não depende de uma infecção para se manifestar.

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Sabe-se que a cistite intersticial afeta mais pessoas do sexo feminino (cerca de 9 em cada 10 casos) e há uma correlação com doenças autoimunes, alergias e a presença de dores pélvicas mais intensas durante a menstruação.

Como identificar a cistite intersticial?

Além das dores no ventre e na pelve, a cistite intersticial também costuma causar desconfortos mais severos que o normal na menstruação e dores durante as relações sexuais. Quando afeta homens, ela pode levar a incômodos durante a ejaculação.

Pessoas com cistite intersticial também sentem uma vontade recorrente e constante de urinar e, ao mesmo tempo, não conseguem eliminar completamente o xixi quando vão ao banheiro. Com isso, é comum ter a sensação de bexiga cheia ao longo do dia todo.

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No entanto, muitos sintomas típicos desse problema podem ser confundidos com infecções do trato urinário, então o diagnóstico não pode se basear apenas nas manifestações clínicas. Testes de urina e exames de imagem como uma cistoscopia (avaliação da bexiga com uma microcâmera) costumam ser realizados.

Em alguns casos, pode ser solicitada uma biópsia para descartar outras suspeitas, como um câncer.

Tratamento exige avaliação individualizada

A cistite intersticial é considerada uma doença crônica e sem cura definitiva. Diferentemente da cistite comum, que geralmente tem raiz infecciosa e é solucionada com antibióticos, no caso da intersticial é preciso investir em uma combinação de técnicas e avaliar a melhora (ou não) da pessoa acometida pela doença.

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Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos costumam ser empregados. Pode haver indicação de fisioterapia. Em alguns casos, intervenções cirúrgicas também ajudam a aliviar os sintomas.

O que funciona para um paciente com cistite intersticial não necessariamente terá resultados positivos para outra pessoa, e esse é um dos grandes desafios atuais para o manejo dessa doença.

Por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando a resposta ao tratamento e a necessidade de adotar técnicas menos conservadoras, se o desconforto persistir.

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