Vírus sincicial respiratório: Novo medicamen…

O combate à bronquiolite causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) ganha um novo aliado no Brasil.

O medicamento nirsevimabe chega ao país para reforçar a prevenção contra o agente que causa infecções pulmonares, tirando o sono de mães e pais de bebês e crianças pequenas. O VSR é a maior causa de hospitalizações em crianças de até 1 ano e responsável por 60 a 80% dos quadros de bronquiolite e pneumonia na população de até 2 anos.

Comercializado como Beyfortus, o produto da farmacêutica Sanofi Medley foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023. O preço de referência, estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), é de R$ 2,6 mil.

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Como funciona a medicação

O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal capaz de neutralizar cepas do subtipo A e B do VSR. Como proteína circulante no sangue, o fármaco ajuda a reconhecer e combater o micro-organismo ao inibir especificamente uma etapa essencial no processo de invasão viral.

O medicamento de ação prolongada é aplicado em dose única, oferecendo proteção contra doenças graves do pulmão em bebês, nascidos prematuros ou não, saudáveis ou com comorbidades.

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Nos estudos clínicos, houve uma redução de 83% nas hospitalizações por infecções respiratórias relacionadas ao VSR em menores de um ano nascidos a termo. A farmacêutica informa que serão disponibilizadas doses às clínicas particulares, hospitais e maternidades, para imunização na sazonalidade do vírus em 2025.

De acordo com o Ministério da Saúde, os períodos de maior circulação viral são: de fevereiro a junho, na região Norte, e de março a julho nas demais partes do país.

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A medicação deve ser recebida preferencialmente antes de se completar um ano, um mês antes ou durante o primeiro período de sazonalidade após o nascimento.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), na segunda sazonalidade, o medicamento é recomendado para crianças que fazem parte dos grupos de risco: com doença pulmonar crônica da prematuridade e necessidade de suporte médico, imunocomprometimento grave, fibrose cística e doenças congênitas do coração.

“Infecções severas provocadas por esse vírus podem acarretar problemas respiratórios duradouros, afetando a qualidade de vida do bebê ou criança afetada. Então, oferecer uma proteção robusta contra o VSR ajuda a evitar complicações futuras, diminui a demanda por cuidados médicos intensivos nos anos seguintes e contribui para uma melhor qualidade de vida de recém-nascidos e crianças”, afirmou o médico Renato Kfouri, vice-presidente da SBIm, em nota.

Outra forma de prevenção é a vacina Abrysvo, da Pfizer, destinada a proteger bebês até os 6 meses. A imunização ocorre de maneira indireta, através da aplicação de uma dose única nas mães, entre o segundo e o terceiro trimestre da gestação.

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