Novo remédio para tratar insuficiência cardí…

Fadiga, respiração ofegante, desmaios e mucosas pálida ou azuladas são alguns sinais de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em cães, condição na qual o coração do animal não consegue bombear uma quantidade suficiente de sangue para todo o corpo.

Para tratar esta doença cardíaca, um novo medicamento chegou ao país. Trata-se do Cardisure, um fármaco de uso veterinário com ação vasodilatadora. Feito à base de uma molécula chamada pimobendan, a medicação torna o bombeamento do sangue mais eficiente.

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Segundo o veterinário Henry Berger, a droga tem duas vias de ação. “Primeiro, ela aumenta a força de contração do coração, ajudando a melhorar a circulação“, explica Berger, que também é diretor-geral da VetFamily, uma comunidade de médicos-veterinários.

“Segundo, diminui a resistência vascular, ou seja, relaxa os vasos sanguíneos facilitando o fluxo do sangue, e reduzindo a pressão que o coração precisa enfrentar“, explica.

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Para melhor adesão ao tratamento, os comprimidos são palatáveis, com sabor de carne.  “Com três concentrações de dosagem e alta palatabilidade, o Cardisure ainda possui a tecnologia Smart Tab, que facilita a divisão dos comprimidos e assegura a precisão da dose”, detalha Larissa Salles, gerente de produto pet da farmacêutica Dechra Brasil.

Em alguns casos, a medicação pode ser usada também no controle de problemas nas válvulas e no músculo do coração.

De olho no coração do pet

A insuficiência cardíaca congestiva é, em geral, uma evolução de outros problemas existentes no coração dos pets, como arritmias, defeitos congênitos, doença valvar crônica (DVC), cardiomiopatia dilatada (CMD) e doença mixomatosa da válvula mitral (DMVM).

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A doença pode ser identificada a partir da auscultação do coração do pet e da avaliação de exames como eletrocardiograma e ecodopplercardiograma. A suspeita deve surgir mediante a apresentação de alguns desses sinais:

  • Tosse persistente e desmaios, especialmente após fazer muito esforço;
  • Fadiga e resistência à pratica de exercícios;
  • Dificuldade para respirar;
  • Perda de peso ou apetite;
  • Inchaço e aumento do volume abdominal por acúmulo de líquidos;
  • Gengivas pálidas ou azuladas;
  • Frequência dos batimentos cardíacos acelerada.

Algumas raças estão mais predispostas a desenvolver problemas cardíacos. Entre os cães de pequeno porte estão Cavalier King Charles Spaniel, Poodle e Dachshund, com maior risco de doenças nas válvulas. Já entre os de grande porte, Doberman, Boxer e São Bernardo estão mais propensos a complicações no músculo cardíaco.

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O problema, porém, pode ser prevenido com bons hábitos. “Dieta equilibrada e atividade física regular previnem o excesso de peso e ajudam a manter o coração saudável”, indica Berger. “Além disso, visitas regulares ao veterinário são fundamentais para identificar qualquer sinal de problema precocemente”.

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